Em um estudo conduzido no Reino Unido em 2019 envolveram dois grupos de voluntários que recebiam refeições com a mesma quantidade de calorias, gordura, açúcares e fibras, com a diferença que o primeiro grupo consumia basicamente vegetais e alimentos pouco processados e no segundo sua dieta era rica em comida ultraprocessada.
Para a surpresa dos pesquisadores, o segundo grupo acabava consumindo em média 500 calorias a mais por dia, porque levavam mais tempo para se sentirem saciados, o que representou um aumento de peso de 1 kg em duas semanas.
Ficou constatado que os alimentos industrializados alteram a compreensão de fome e saciedade, fazendo com que tenhamos vontade de comer mais, acabamos comendo mais rápido pois as texturas são mais suaves e fáceis de mastigar e engolir, o que deturpa a percepção do sistema fisiológico de que já ingerimos muitas calorias e retarda os sinais de que estamos saciados.
O que comemos não interfere apenas na oscilação de peso corporal, mas também em nossa produção hormonal e na atividade cerebral.
Exames de ressonância magnética comprovam que esses alimentos ativam conexões neurológicas similares às observadas em dependentes de álcool, cigarro e drogas.

Hiper palatibilidade é o termo utilizado pelos especialistas para a comida feita em laboratório com a intenção de que se torne irresistível aos sentidos.
Mas esse prazer nos cobra um alto preço: sobrepeso, constipação, insônia, azia, perda de libido, alterações de humor, raciocínio lento, gordura visceral e abdominal, aumento das mamas em homens, ansiedade e hemorróidas são alguns sintomas recorrentes em quem baseia sua alimentação nesses itens.
Texto de Keith Cheli Kanasawa
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