Escavações arqueológicas conduzidas no Egito mostram que a alimentação na época dos faraós era basicamente trigo e mel. O gado era criado para trabalhar na lavoura de trigo. A principal fonte de proteína animal derivava da pesca, mas essa tinha um papel secundário na cultura egípcia, representando menos de 20% da dieta.
A justificativa para isso se deve ao fato que o local apresentava uma série de empecilhos para a prática pecuária mais extensiva, além do país possuir uma alta densidade demográfica, o que fazia com que se optasse pela agricultura.
E ao contrário do muito gente imagina, o porte físico do egípcio padrão era com presença de protuberância abdominal devido ao acúmulo de gordura na barriga e aparecimento de mamas nos homens, por conta da alimentação rica em carboidratos.
Era comum nessa população casos de resistência à insulina e obesidade, fator incomum em outros povos contemporâneos à eles.

Graças ao processo de mumificação foi possível investigar mais a fundo os impactos causados por esse modelo alimentar e muitas múmias apresentavam bloqueio nas artérias indicando a presença de doenças cardiovasculares, além de câncer nos ossos, arteroesclerose, cáries e problemas nas articulações.
O principal impacto do trigo como alimento base é a ingestão de fitato, um antinutriente que inibe a absorção de micronutrientes fundamentais como o magnésio, ferro, zinco e cálcio.
Texto de Keith Cheli Kanasawa
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