Desde a década de 1970 o consumo médio de açúcar aumentou 20x, uma vez que houve um crescimento exponencial na oferta de alimentos ultraprocessados.
Se engana quem acredita que apenas cortando dos doces irá necessariamente reduzir o consumo de açúcar, pois existem 56 nomes para esse ingrediente que está presente em todos os tipos de molho, bebidas e comidas industrializadas e que representa 90% do que brasileiro médio consome de frutose concentrada.
Mas outro cuidado que precisamos ter é com a forma consumimos alimentos naturais que podem concentrar uma alta taxa de frutose, como sucos, geleias e smooties. Isso porque enquanto comeríamos apenas uma maçã, pera ou laranja por vez acabamos consumindo muitas unidades dessas frutas em apenas um copo de suco, sem contar que tiramos as fibras solúveis e insolúveis presentes nos vegetais de uma forma geral que regularizam a forma como esses açúcares são digeridos.

O açúcar ativa reações em pontos-chaves do cérebro relacionados com o bem- estar e a recompensa, fazendo com que esses alimentos ultraprocessados se tornem irresistíveis para o nosso paladar. E quanto maior for o sobrepeso da pessoa mais ela precisará desse ingrediente para se sentir satisfeita.
Um fator muito relevante é a mudança do ponto de vista da ciência quanto à classicação do açúcar como uma fonte de energia e não de nutriente. Ou seja, a ausência dele não impacta negativamente nossa saúde.
Em termos metabólicos o uso abusivo do açúcar é equivalente ao consumo de álcool em excesso, podendo causar a esteatose hepática, que é a concentração de gordura no fígado, vindo a evoluir para cirrose.
Texto de Keith Cheli Kanasawa
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