Desde os primórdios da humanidade sempre consumimos gordura animal, essa foi uma prática alimentar recorrente até o início do século XX. Banha, manteiga, sebo, creme de leite e cortes de carnes gordurosos curados em sal se mostraram uma excelente forma de conservação dos alimentos em uma época que ainda não haviam sistemas de refrigeração.

O que chama muito a atenção é que apesar do alto consumo de gorduras saturadas a incidência de doenças cardiovasculares era incomum até a década de 1920. Após esse período houve um constante crescimento nas mortes por ataque cardíado até a década de 70, quando graças aos avanços na medicina como cuidados preventivos, tratamentos mais eficientes para reverter quadros clínicos críticos e a redução do tabagismo fizeram com que se apresentasse um movimento de queda nos casos, tendência que perdurou até 2015.
Os médicos estão chegando a conclusão de que o sedentarismo associado com uma dieta rica em ultraprocessados seja a real causa dos problemas com o coração.
As gorduras possibilitam a absorção de micronutrientes essenciais para um bom funcionamento do corpo, regulam atividades hormonais, cognitivas e celulares.
Graças a uma dieta rica em gordura a espécie humana desenvolveu a maior caixa craniana dentre os animais. Por serem mais densas energeticamente, favorecem nosso cérebro, que possui um consumo dezesseis vezes maior se comparado com nossa massa muscular.
Texto de Keith Cheli Kanasawa
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