Desde a infância aprendemos à associar afeto com comida. Muitas vezes quando algum adulto desejava nos agradar porque estávamos tristes nos ofereciam algo que gostávamos de comer, principalmente doces.
E para a grande maioria de nós essa relação inconsciente permanece até hoje.
Vemos a comida como uma forma de recompensa por um dia difícil, por alguma desilusão ou mesmo por alguma conquista. E nessa sensação de que “eu mereço” pode habitar uma perigosa armadilha que nos afasta da busca por hábitos alimentares melhores.
Buscamos nos alimentos alento para as dores de nossas almas, ou seja, estamos tentando tratar aquilo que nos incomoda de forma errada, fugindo do enfrentamento de tudo o que necessita ser curado. E com isso nos prejudicamos ainda mais, pois geramos outros problemas, como o sobrepeso e suas consequências.
Precisamos entender esse processo, não nos culpando por agir dessa maneira e buscar melhores recompensas, que não estejam vinculadas à comida.
Foto de março/2020, antes da pandemia
Praticar atividades físicas de forma moderada pode ser uma excelente alternativa, pois ela estimula a liberação de endorfina, um hormônio que traz a sensação de prazer e bem-estar.
Outro benefício que é observado quando se estabelece uma rotina de exercícios físicos é uma maior consciência e autocontrole sobre tudo o que é ingerido, pois quando notamos as mudanças positivas que nossa forma física sofre tendemos à não querer colocar todos esses esforços à perder.
Reflexão de Keith Cheli Kanasawa, chef da KeroBistroEmCasa
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Empatia e Pertencimento 