Sou a Jessica, meus amigos também me chamam de Jess, tenho escrito aqui algumas histórias intituladas “Eu na CPTM”.
A maioria das pessoas, em seus deslocamentos para o trabalho ou a escola, passa mais tempo no trem do que em casa.
Em um desses trajetos de retorno para casa, de cerca de uma hora e meia, testemunhei uma festa organizada por um grupo de meninas para celebrar o aniversário de uma delas.
O ambiente a bordo do trem criado por elas estava perfeito, de meninas muito felizes, celebrando a vida. Tomavam vinho, uma garrafa de Cantina do Vale, um vinho popular, também prepararam uma tábua de frios, mortadela cortada em cubos ou rolinho. Na perspectiva das meninas, com certeza, a festa estava muito “chique”.
Entre um brinde e outro com Cantina do Vale em taças acrílicas, discorriam sobre dieta, alimentação saudável, uma delas, inclusive, havia adotado o arroz “carbonizado”, que embora entre elas ninguém tenha questionado que arroz era aquele, supus que ela estivesse se referindo ao arroz parboilizado.
Adoraria ter feito um registro em vídeo ou fotos daquele momento de alegria, de celebração entre amigas, muito felizes independentemente do rótulo da garrafa de vinho ou do tipo de frios consumido.
Entender que cada pessoa tem uma realidade pessoal, financeira e social diferente da outra, e que ‘está tudo bem’, nos impulsiona a praticar a empatia, além de sempre desejar muitas felicidades aos aniversariantes que cruzamos na CPTM.
História de Jessica Ferreira Silva de Sousa
Empatia e Pertencimento 